terça-feira, novembro 28, 2006

Âmbar e hortelâ


(explosão) o céu despencara sobre seus ombros... Olhos avermelhados pelas lágrimas não enxergavam mais o caminho a seguir. (explosão) Todo o passado, por mais intenso e mágico, transformara-se em uma dolorosa pedra sobre seu corpo a esmagar-lhe as entranhas e tirar-lhe o ar... Não respirava. Sufocada pela dor, prolongada pelo silêncio do mundo a sua volta. Fora terrivelmente insano empurrar aquela dor rígida e concreta para longe... Uma força hercúlea que não queria nunca mais fazer. Mas fortalecera sua alma como quem volta de uma jornada nos mares. (explosão) Percebera em si uma força que jamais imaginara possuir. Finalmente aportara. Os pés caminhavam sobre o solo úmido das novas experiências - ainda não definidas, mas transbordantes em cheiro bom de terra fértil. Novos horizontes já se desenhavam no caminho que traçava. Um novo ar enchia-lhe os pulmões. Era vida que se apresentava. Novo começo. Novos começos sempre têm cheiro de âmbar. Novos começos sempre são cheios de sabor fresco de hortelã...

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